Uma Anápolis estarrecida para saber da ação de um ginecologista acusado de praticar recorrentes abusos sexuais e contra pacientes. A denúncia de três mulheres, uma delas que guardou este trauma por oito anos, foi o gatilho para a revelação de um verdadeiro escândalo: em 24 horas, após a publicação da imagem do médico na imprensa, mais de 30 mulheres foram à delegacia. Destas, 27 formalizaram queixa.
Na mesma semana, na cidade de Palmas, no Paraná, um homem em um carro tentou assediar uma ciclista passando a mão nela. Da ação criminosa resultou um atropelamento, quando o carro se chocou com um jovem de 25 anos, derrubando-a ao chão.
A pergunta que precisa ecoar em toda a sociedade é: por que ainda existe homem assim?
Os valores que defendemos, a defesa da família, o cuidado com a criação dos filhos, da orientação e das claras noções de respeito ao parecer estar na berlinda quando vemos que, na prática, ainda concebemos abusadores.
Homens que assumem o risco de trilhar o caminho do desrespeito, da violência ou da opressão pela carga que ocupam, pela função que desempenham ou que se aproveitam da situação de vulnerabilidade.
É preciso uma reação em defesa do que todos temos como discurso. É o momento da prática. Repudiar estas ações é apenas uma parte da nossa missão na sociedade. E precisamos deixar isso claro.
Também é fundamental que nós, sobretudo os homens, revejam seus valores e deixem de lado o caminho fácil da piada, das relativizações, das de contextualizar um crime a fim de abrandá-lo.
Por isso, a primeira coisa a se fazer é se perceber e nos corrigirmos no trato com as mulheres. Não é não, e pronto!
Você pai, ensine isso a seu filho. Você professor, lembre-se sempre isso aos seus alunos.
E você mulher, nunca se cale. E sempre contemple com o meu apoio, empatia e indignação.